E se a espera valeu a pena?
Indiscutivelmente, sim.
Sonoridade
Se você espera que Lana apareça novamente com uma pegada vintage, você pode estar um pouco enganado. Sensual, triste e muito mais psicodélico que o trabalho anterior – se é que podemos chamar Born To Die de psicodélico – Ultraviolence tem como constante em todas as músicas a presença bem acentuada da guitarra, até mesmo no cover de ‘The Other Woman’ (Nina Simone).Não podemos dizer que a sonoridade é nova para Del Rey, pois o estilo se aproxima muito de seus trabalhos não lançados, tais como ‘God Bless America’, ‘Hollywood EP’, ‘Nevada’ e o polêmico ‘Sirens’.
Faixa a Faixa & Ligações
Iniciando o álbum com ‘Cruel World’, Lana fez da primeira faixa um epítome de todo o seu novo trabalho.“Because you’re young, you’re wild, you’re free, you dancing circles around me, you fucking crazy. (…) Crazy for me.”Como já era de se esperar, mais um álbum cheio de desilusões amorosas e “self claim”, lembrando os versos de ‘National Anthem’ em ‘Brooklyn Baby’:
“My boyfriend is pretty cool, but he not as cool as me.” (Brooklyn Baby)
“You said to be cool, but I’m already the coolest.” (National Anthem)E não para por aí, em ‘Ultraviolence’ (faixa), a frase “He hit me and it feel like a kiss” é o título de uma música do grupo ‘The Crystals´.
Se o seu objetivo é gastar aquela caixinha de lenços de papel, fique com ‘Old Money’ e ‘The Other Woman’. Que são lindas, choráveis, muito choráveis e te deixam em uma fossa celestial.A única música que foi vazada, durante o longo período de tempo em que Del Rey não lançou nada, que está presente no álbum é Black Beauty